O secretário-geral da UGT considera que poderá haver um ambiente propício a maior convergência entre centrais sindicais.
O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, considerou, esta quarta-feira, que, com um Governo do PS apoiado pelos partidos à sua esquerda em funções, poderá haver um ambiente propício a maior convergência entre centrais sindicais.
Em declarações aos jornalistas, na sede da UGT, em Lisboa, Carlos Silva disse ter ouvido o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, “referir que, eventualmente, a CGTP irá ao encontro de muitas das expectativas políticas e sociais que o próximo Governo vem trazer aos trabalhadores”.
“Portanto, até poderá haver um eventual clima de menor conflitualidade social. As centrais sindicais já têm estado convergentes em muitas coisas. Poderá haver um clima mais propício a uma maior convergência em muitas das matérias que venham aí”, considerou o secretário-geral da UGT, que falava no final de um encontro com o candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa.
Antes, interrogado sobre a manifestação organizada pela CGTP que se realizou na terça-feira em frente à Assembleia da República, Carlos Silva declarou que esta central sindical “tem uma acção muito preponderante na rua”, acrescentando: “Quem quer ter visibilidade mediática fará os entendimentos e as manifestações que entender. Nós preferimos manifestar-nos à mesa das negociações”.
“E quando o PS for Governo, naturalmente, chamará os parceiros sociais para auscultar as suas preocupações, e nós é na mesa das negociações que iremos ao encontro do próximo Governo”, completou.
O secretário-geral da UGT saudou o aumento do salário mínimo previsto no programa que o PS negociou com BE, PCP e PEV: “Se os números vêm ao encontro dos nossos, naturalmente que estamos satisfeitos, porque se calhar a nossa ponderação e a nossa moderação nessa expectativa vai ao encontro daqueles que serão os futuros cenários macroeconómicos do próprio Governo”.
“Eu acho que é um ponto de partida muito importante do ponto de vista das expectativas criadas aos trabalhadores deste país, que querem a reversão de medidas penosas de austeridade dos últimos quatro anos. Agora, importa que isso seja feito num cenário de estabilidade”, considerou.
(in economico)