Ricardo Freitas: “Não é aceitável que apenas 20% dos trabalhadores faça o trabalho para todos os outros”
Somente um em cada cinco trabalhadores está sindicalizado. A constatação foi hoje denunciada pelo sindicalista Ricardo Freitas, por ocasião do almoço do Dia do Trabalhador, promovido pela UGT.
No discurso habitual antes do almoço/convívio que juntou cerca de 200 pessoas num restaurante da Ribeira Brava, o dirigente sindical manifestou-se descontente pela preocupante realidade: “A taxa de sindicalização geral anda à volta dos 20%”, apontou, para concluir que “não é aceitável” que apenas um quinto dos trabalhadores “faça o trabalho para todos os outros.” O recado para dentro da classe trabalhadora foi ainda reforçado, quando disse ser igualmente inaceitável que alguns que nada fazem e às vezes ainda apoiam os atropelos do patronato, só contribuam para destruir o trabalho daqueles que são solidários e empenhados na luta por ainda haver direitos para os trabalhadores.
Num discurso que pouco empolgou a plateia, mesmo quando defendeu “crescimento, igualdade e direitos sindicais”, Ricardo Freitas não deixou de lembrar as agruras que os trabalhadores enfrentam para “resistir às condições criadas com a diminuição significativa dos direitos dos trabalhadores”. Apesar de tudo, concluiu que “hoje respiramos de uma maneira diferente”, numa clara alusão à mudança de Governo na República. Se dúvidas houvesse, ficaram desfeitas logo depois quando se regozijou que a mudança política ao menos já permitiu “travar aquela ansia da austeridade”. Ainda assim, deixou claro que “as coisas estão longe de estar no bom caminho.”
(in dnoticias.pt)