Dia do trabalhador – IGUALDADE DE GÉNERO E PROTEÇÃO SOCIAL

Temática no quadro do Programa de Iniciativa da RTP Madeira, desenvolvido entre parceiros sociais afim de abordarem as suas preocupações sobre esta temática.

 

Segundo Algerina Sónia Sousa, secretária executiva da UGT Madeira, é essencial “revalorizar e desmitificar as profissões tendencialmente masculinas e/ou as tendencialmente femininas. Bem como, promover a Igualdade de oportunidades, trabalho igual, salário igual. É um trabalho gradual que tem de ser feito na sociedade, afim de desmitificar princípios conservadores”.

Em Portugal, as mulheres ganham, em média, menos 17,9% do que os homens.

Há mais desemprego feminino do que masculino embora sejam elas que atualmente adquiriram mais escolaridade.

Em relação às políticas nacionais, a paridade está a mais de três décadas de distância, sendo cargos de chefia maioritariamente ocupados por homens, tanto no sector privado como no público. Bem como, em alguns Estados-Membros governos exclusivamente masculinos permanecem no poder.

 

Segundo o Relatório sobre igualdade entre mulheres e homens em 2015
Comissão Europeia

Apresenta resultados encorajadores, mas também transmite alguns sinais alarmantes:

A taxa de emprego das mulheres chegou a um ponto mais alto em 64,5% no terceiro trimestre de 2015. Essa taxa, no entanto, é inferior à taxa de emprego dos homens, que se situou em 75,6%.

Os progressos em matéria de melhoria das medidas de conciliação entre vida profissional e familiar foram limitados. Apenas seis Estados-Membros alcançaram as metas de Barcelona no que diz respeito a estruturas para guarda de crianças.

A “dupla jornada” ainda é uma realidade para as mulheres que trabalham em todos os Estados-Membros da UE. Em 2015, as mulheres trabalhadoras assumiram três quartos das tarefas domésticas e dois terços dos cuidados parentais.

As mulheres estão mais presentes em setores com baixos salários e pagam um preço elevado pelo trabalho a tempo parcial, que é menos bem remunerado, por hora de trabalho, do que o trabalho a tempo inteiro, o que tem consequências sobre as pensões das mulheres e os riscos de pobreza. Com efeito, as pensões das mulheres são em 40% inferiores às dos homens, em média. Nem as disparidades de género nas pensões, nem as disparidades de género na remuneração mostram sinais de melhoria.

Embora o nível de representação feminina nos conselhos de administração das maiores empresas ainda permaneça pouco elevado (22%), a taxa de progresso voltou a aumentar desde 2010, graças a uma combinação de pressões políticas, intenso debate público e medidas legislativas.

Contudo, pela primeira vez, o relatório também revela as disparidades de género no bem-estar subjetivo: as mulheres estão tão satisfeitas com as suas vidas quanto os homens, mas têm duas vezes mais probabilidades de virem a ser depressivas.