Pedro Calado salientou, hoje, o “trabalho bem feito” que tem vindo a ser desempenhado pela Região e também pela Câmara Municipal do Funchal com a UGT- Madeira, nomeadamente com “melhorias evidentes na progressão de carreiras e salários”. As declarações foram prestadas na abertura do IV Congresso da UGT-Madeira, que hoje se realiza no Hotel Vila Porto Mare.
O autarca admitiu, no entanto, que “há um longo caminho a fazer”, admitindo haver necessidade de “reformas que não acontecem e que fazem com que Portugal esteja na cauda da Europa, inclusivamente já atrás dos países da Europa de Leste”.
“Não há qualquer estímulo para incentivar a produção, para distinguir quem faz mais e melhor daqueles que não fazem nada”, admitiu o presidente da CMF, referindo-se à Administração Pública. Além disso, assumiu que esta deve ser “mais leve, mais justa, mais eficaz, isto ao contrário do que, presentemente, acontece com uma ‘máquina’ pesada e ineficiente”.
Pedro Calado avança que é preciso Portugal ser “reformista” e salientou, por parte dos trabalhadores, a importância da continuidade das lutas laborais mas no sentido de haver não só melhores remunerações, como também melhores condições de trabalho, valorização das carreiras, mais tempo para as família, de forma a que a sociedade seja mais justa e melhor até porque, no momento, “todas as classes sociais estão em conflito com o Estado”.
Outro problema apontado pelo autarca é a questão demográfica, com o envelhecimento do país e com a saída dos jovens para o estrangeiro por falta de boas e valorizadas oportunidades em Portugal.
Por fim, relembrou que “para termos bons trabalhadores, com trabalho digno, temos também de saber proteger os empregadores. Sejam eles públicos, sejam eles privados”. Calado referia-se assim, por exemplo, à ‘máquina pública’m que só é mantida a funcionar com o dinheiro dos impostos.